Acadêmicos:
Bruna Viana
Larissa Dalmolin
Raony Mendes
Assim como outras capitais do país, no início de 1960, Florianópolis encontrava-se envolvida por ideais políticos de progresso e modernização. Tais ideais visavam superar um suposto “atraso” da capital catarinense se comparada com outras capitais. Apesar de ser uma capital, a cidade não possuía uma forte base econômica, seja de indústrias ou comércio, porém, junto a medidas que buscavam o desenvolvimento da cidade, também a idéia de lugar próprio para o turismo foi sendo criada.
Bruna Viana
Larissa Dalmolin
Raony Mendes
Assim como outras capitais do país, no início de 1960, Florianópolis encontrava-se envolvida por ideais políticos de progresso e modernização. Tais ideais visavam superar um suposto “atraso” da capital catarinense se comparada com outras capitais. Apesar de ser uma capital, a cidade não possuía uma forte base econômica, seja de indústrias ou comércio, porém, junto a medidas que buscavam o desenvolvimento da cidade, também a idéia de lugar próprio para o turismo foi sendo criada.
Em busca de desenvolver o turismo e instaurar um processo de modernização na cidade era preciso embelezá-la. Uma das medidas para isso foi a retirada das casas de prostituição, bem como das prostitutas que trabalham na rua, do centro da cidade. Tal atitude favorecia uma limpeza da cidade e era justificada pelo discurso médico que afirmava serem as prostitutas uma ameaça à saúde da população, apesar da ambigüidade do “mal necessário”.
O presente pré-projeto tem como objetivo pesquisar a retirada das casas de prostituição de Florianópolis e sua instalação na Vila Palmira, vila situada no que é hoje o bairro Barreiros, em São José. Na época a Vila Palmira era um loteamento ainda recente, sem habitantes, que o proprietário pretendia vender quando a cidade de Florianópolis crescesse e conseqüentemente, também São José. Somente nesse local foi permitida a prostituição em Florianópolis, e para as casas funcionarem tiveram que obedecer a medidas higiênicas, como a freqüente visita de médicos. Como se queria, o lugar era isolado dos olhos da população dita de respeito e mais fácil de ser controlado pelo poder público.
Na cidade do Rio de Janeiro processo semelhante aconteceu. SIMÕES (2010) descreve a forma como, ao longo do século XX, as casas de prostituição do centro da cidade foram sendo desapropriadas e destruídas para execução de projetos que visavam à modernização da cidade, de modo que tais casas foram sendo construídas em locais mais afastados.
Para a pesquisa pretende-se utilizar história oral, através de entrevistas com pessoas que trabalharam, freqüentaram ou de alguma forma estiveram envolvidas com a Vila Palmira. Para isso, num primeiro momento será visitado o local onde foi localizada a vila, tentando obter informações de pessoas que viveram ou ainda vivem lá.
REFERÊNCIAS:
ALBERTI, Verena. Histórias dentro da história. In: PINSKI, Carla Bassanezi (org.). Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2006.
FIORENTIN, Maryana Cunha Ferrari. Vila Palmira – Prostituição em Florianópolis e São José (1960 – 1980). In: FÁVERI, Marlene de; PEDRO, Joana Maria; Silva, Janine Gomes da. (Orgs.). Prostituição em áreas urbanas: histórias do Tempo Presente. Florianópolis: Editora UDESC, 2010.
HIRATA, Helena. Dicionário crítico do feminismo. Prostituição I; Prostituição II. São Paulo: Editora UNESP, 2009.
SIMÕES, Soraya Silveira. Vila Mimosa: etnografia da cidade cenográfica da prostituição carioca. Rio de Janeiro: Editora EdUFF, 2010.
muito interessante, no meu ver deveria ter fotos da epoca. O resto estabom
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